Vai se arrumar pra dormir, aí vem uma pontinha de lembrança, uma fagulha que seja. Mas daí tu acaba alimentando essa fagulha, e quando vai ver, tua mente tá incendiada, bombardeada de pensamentos, questionamentos, dúvidas. Rola até uma crise existencial no meio disso tudo. Sabe?
Eu queria saber lidar melhor com esses momentos, mas, a única coisa que eu consigo fazer é sentar e chorar. Colocar pra fora tudo aquilo que me deixa agoniada.
O fato de eu não conseguir me desprender de uma pessoa que não está nem aí pra mim. Que dizia que me amava, pra depois pisar em mim. Me fazendo desacreditar de novo em amor.
E essa lembrança vai desenterrando várias e várias outras. Relacionamentos frustrados.
Fica aquele sentimento de "será que eu não sou boa o suficiente?", "será que eu sou só uma mera distração pra eles depois acharem uma pessoa e começarem a namorar?".
É uma doideira, eu sei. Às vezes me acho maluca por pensar nessas coisas, me acho boba por me deixar dominar por esses sentimentos e pensamentos.
Já fui ensinada que "relacionamento amoroso não é tudo nessa vida", que a gente tem focar no nosso amor próprio primeiro, que devemos deixar nossas inseguranças de lado. Eu tento, eu juro.
Mas há certos momentos que essas coisas me assombram. Não consigo fugir disso. Não existe botão que eu possa apertar e essas coisas sumam num passe de mágica (bem que eu queria). Só me resta deixar eles virem, pra que eu possa aprender a entrentar esses "monstros" que insistem em pegar no meu pé.
Eu sei que eu sou maior do que isso. Sei que tenho que me priorizar e parar de procurar alguém pra me relacionar, pois eu tenho que me relacionar comigo mesma primeiro. Me amar, acima de tudo. Porque senão, eu vou continuar nesse ciclo sem fim.
Preciso ter pulso firme, parar de me magoar à toa. Aprender a enxergar situação que não valem a pena insistir. E seguir em frente.
Abrir mão de algumas pessoas. Dói, mas faz parte do processo. Agora, eu preciso dar um start nisso daí, não adianta só falar.
Preciso fazer!