11/01/2020

Turbilhão.

Sabe quando você tá na sua casa, de noite, fazendo nada? Vendo um pouco de televisao só...
Vai se arrumar pra dormir, aí vem uma pontinha de lembrança, uma fagulha que seja. Mas daí tu acaba alimentando essa fagulha, e quando vai ver, tua mente tá incendiada, bombardeada de pensamentos, questionamentos, dúvidas. Rola até uma crise existencial no meio disso tudo. Sabe?
Eu queria saber lidar melhor com esses momentos, mas, a única coisa que eu consigo fazer é sentar e chorar. Colocar pra fora tudo aquilo que me deixa agoniada.
O fato de eu não conseguir me desprender de uma pessoa que não está nem aí pra mim. Que dizia que me amava, pra depois pisar em mim. Me fazendo desacreditar de novo em amor.
E essa lembrança vai desenterrando várias e várias outras. Relacionamentos frustrados.
Fica aquele sentimento de "será que eu não sou boa o suficiente?", "será que eu sou só uma mera distração pra eles depois acharem uma pessoa e começarem a namorar?".
É uma doideira, eu sei. Às vezes me acho maluca por pensar nessas coisas, me acho boba por me deixar dominar por esses sentimentos e pensamentos.
Já fui ensinada que "relacionamento amoroso não é tudo nessa vida", que a gente tem focar no nosso amor próprio primeiro, que devemos deixar nossas inseguranças de lado. Eu tento, eu juro.
Mas há certos momentos que essas coisas me assombram. Não consigo fugir disso. Não existe botão que eu possa apertar e essas coisas sumam num passe de mágica (bem que eu queria). Só me resta deixar eles virem, pra que eu possa aprender a entrentar esses "monstros" que insistem em pegar no meu pé.
Eu sei que eu sou maior do que isso. Sei que tenho que me priorizar e parar de procurar alguém pra me relacionar, pois eu tenho que me relacionar comigo mesma primeiro. Me amar, acima de tudo. Porque senão, eu vou continuar nesse ciclo sem fim.
Preciso ter pulso firme, parar de me magoar à toa. Aprender a enxergar situação que não valem a pena insistir. E seguir em frente.
Abrir mão de algumas pessoas. Dói, mas faz parte do processo. Agora, eu preciso dar um start nisso daí, não adianta só falar.
Preciso fazer!

28/12/2019

2019x2020.

2019,

Um ano pesado, traumático, cheio de perdas. Foi um ano um tanto quanto difícil pra todos. Ele testou as nossas forças, nossa paciência, nossa fé. Testou todos os nossos limites.
Pra mim, foi um ano bom e ruim. Um ano em que eu conheci pessoas novas, fiz coisas novas, fui me conhecendo. Mas foi um ano em que tive perdas. Na família. Nas amizades.
Um ano em que fiz escolhas que magoaram pessoas que realmente gostavam de mim. E eu sofri as consequências desses atos. Infelizmente, eu acabei agindo por impulso. E a gente sabe que decisões assim vêm com resultados nem sempre tão bons. Eu errei, eu aprendi. Eu caí, eu levantei.
E eu venho aprendendo todos os dias a me perdoar pelas escolhas erradas que foram feitas. E botando a mão na consciência para que elas não venham a se repetir nesse novo ano que vai entrar.

Pra 2020, eu quero mais calma na alma(clichê? sim rs). Que eu respeite o meu tempo, o meu bem estar(tanto físico, quanto mental). Que eu pondere mais as minhas atitudes, as minhas palavras. Que eu cuide mais de mim, que eu me olhe com mais atenção, mais amor, mais empatia, cuidado.
Que eu aprenda, de uma vez por todas, a fechar ciclos que insisto em manter abertos, mesmo sabendo que não valem mais a pena. Que eu aprenda a me arriscar mais, fazer coisas novas, sair da minha zona de conforto. Criar experiências que realmente valham a pena. Que eu estude, corra atrás dos meus sonhos. Que eu aprenda a apreciar a minha própria companhia. Quero viajar sozinha, ir no cinema sozinha, fazer coisas simples sozinha, mas sem deixar que boas companhias se façam presentes, óbvio. E sem deixar de conhecer novas pessoas também.
Não quero exigir muito de mim, nem dos outros. Só que as coisas sejam leves.
Pra compensar a dureza que 2019 foi em nossas vidas.

22/06/2019

Quase 3 anos depois...

Olá seres humanos...

Hoje eu resolvi revisitar esse meu mundo, que há mundo estava esquecido num canto que eu nem imaginava mais. Resolvi mudar algumas coisas por aqui, tirar algumas teias de aranha pelos cantos, reorganizar a bagunça.
Acho que vou voltar a usar aqui, mas não com a mesma frequência de antigamente, quando eu postava várias resenhas de livros. Na verdade, estava pensando em tentar escrever alguns textos pra postar aqui, coisas que vêm na minha mente e eu preciso colocar pra fora de alguma forma.
Eu tenho alguns textos escritos no meu caderno, acho que vou trazê-los pra cá.
É bom ter um lugar pra poder guardar todos eles, além do caderno.
E, quem sabe, eu não volte a publicar resenhas de livros novamente? Estou pensando nisso, mas ainda é uma ideia.

Enfim, não quero abandonar esse canto completamente, ele fez e faz parte de mim. Quero manter. Mesmo que ninguém veja, acho que vai fazer bem pra mim. Poder colocar algumas coisas pra fora, desabafar.


É isso então. 
Que saudades que eu estava daqui. 
Poder voltar é muito bom.

13/08/2016

Dia dos Pais.

Rio Bonito, domingo, 14 de agosto de 2016, 00:42.


Oi você,

Mais uma das inúmeras cartas que te escrevo. Mais uma que vai pro fundo de uma gaveta já abarrotada de tantas outras já escritas e nunca enviadas.
Na verdade, não escrevo essas cartas na intenção de enviá-las, e sim, de desafogar um pouco esse tanto de sentimento que fica guardado aqui dentro. Até porque, você já não se encontra mais aqui comigo, foi morar em outro plano.

Hoje, eu escrevo novamente pois chegou mais uma data da qual eu não consigo mais comemorar pois você já não se encontra mais comigo. Sim, eu ainda sinto a sua falta, às vezes, mas não choro mais. Não tanto quanto antes. Não soluço mais. Estou progredindo. Estou melhorando.
Sim, eu sei que já se passaram 7 anos desde que você se foi, mas eu fui te deixando ir devagar pra não sentir tanto assim. E hoje eu estou bem. Guardo de ti somente coisas maravilhosas, coisas boas, coisas lindas, coisas das quais me orgulho muito.

A casa ainda guarda muito de ti, por mais que a gente tenha mudado muitas coisas de lugar, muitos móveis tenham saído e outros tenham entrado, sua presença ainda permanece por aqui de vez em quando. E acredite, isso não é ruim. É uma sensação de conforto, de paz, de que você está sempre por aqui, mesmo longe. Cuidando, olhando, protegendo. Como sempre fez.

Mais uma data comemorativa sem você aqui. Mais um dia dos pais sem poder te presentear como sempre fazia, mas mando minha oração especial pra você. Pra dizer que te amo, que sempre te amei e sempre vou te amar.

Que você jamais se esqueça disso. Jamais.



Muitos beijos cheios de amor e saudades.

Sua filha.

28/04/2016

Medo do futuro.

Acho que eu nunca soube lidar muito bem com isso.
Essa coisa do futuro batendo à nossa porta, confesso que me assusta um pouco. Sabe quando a fase adulta começa a te cobrar certas atitudes e você não tem pra onde correr?
Pois bem...
Queria ser mais decidida, destemida. Sem medo, desprendida, sabe?
Mergulhar de cabeça mesmo. Mas o medo me paralisa.
Será que vai dar certo? Será que vou me sair bem?
Tenho medo de não corresponder com as expectativas. De ser menos do que esperam.
É uma confusão interna que estou tentando por ordem já faz um tempinho, mas tá um pouco complicado.
Senhor, dai-me sabedoria.
E que esse medo se vá. Se possível... para muito, muito longe de mim.